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Telefone Mudo - Potássio #01




As imagens são distorcidas, as ideias são esquecidas. É que muito se quer, pouco se sabe o que fazer, então não age. As vezes as cartas de baralho são jogadas de qualquer jeito. Ás. As vezes nós nos prendemos num ciclo irreal de pensamentos e só vamos. Cair de cabeça em poças d'água achando que são fundas é a loucura mais presente no ser. E o que me trouxeram de presente? Nunca tive papai Noel, não é mesmo?


Engraçado é circo armado na cidade e que pena que se acaba com a cultura de tempos em tempos, daqui a pouco só museu de arte. Daqui a pouco só. Se atiram promessas e cortam com navalha e a responsabilidade do afeto se esvai no ralo como o sêmen de uma punheta matinal.


O bom é o tanto fez, tanto faz. Esse é o sentimento mais gostoso por aí. O problema é quem não sente o tanto fez, tanto faz. Farpas ficam, armaduras são colocadas e tá tudo bem. Cês sabem né?


Quantos dias fazem que você nem liga pra alguém. O telefone ultimamente anda mudo. O que não para é o telefone sem fio. Já pensou que tudo é palavra? E o foguete não tem freio, só vai pra frente. Será que os primeiros astronautas eram suicidas? Será? Será só imaginação?


Por aqui, não sei se perceberam pensamentos embaralhados, embaçados, tipo foto no espelho que já foi Tumblr, como diz D'Grego, distorção da romantização. Vai de milhão, tipo carro na pista. O problema é não ter pista do que se acontece e ter de confrontar! Por aqui, sempre se fez tudo.


Bem vindo ao meu mundo, monetização da dor é o que há. E que haja luz, haja paciência, haja coragem e força pra sentir o peso da armadura.


Café agora só com açúcar mascavo ou rapadura.

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